18 de setembro de 2012

Lectio Divina

A Lectio Divina é uma forma de ler as Sagradas Escrituras, por meio da qual, Deus fala conosco. O Padre Paulo Ricardo, através de um vídeo, nos orienta a respeito da Lectio Divina. É bem interessante para quem tem alguma dúvida ou deseja conhecer melhor e praticar esta forma de diálogo com Deus.

Para ver o vídeo, clique aqui!

O Papa Bento XVI fez a seguinte observação num discurso de 2005: “Eu gostaria, em especial, recordar e recomendar a antiga tradição da Lectio Divina, a leitura assídua da Sagrada Escritura, acompanhada da oração que traz um diálogo íntimo em que na leitura, se escuta Deus que fala e, rezando, responde-lhe com confiança a abertura do coração”.


O método tradicional é simples. Depois da invocação
do Espírito Santo, seguem-se 4 degraus: 

1 - Lectio (Leitura)

2 - Meditatio (Meditação)

3 - Oratio (Oração)

4 - Contemplatio (Contemplação)



1º LEITURA
Conhecer, respeitar, situar (o que o texto diz?)

- exige determinação constante e contínua, perseverança, acesso e disciplina;
- não pode ser interesseira, mas deve ser gratuita, em vista do Reino e do bem do povo;
- é ponto de partida e não de chegada, faz o leitor pisas no chão;
- faz algumas exigências: analisar o texto e situá-lo em seu contexto de origem, em três níveis : a) literário ( quem? o quê? onde? por quê? quando? como? com que meios? como o texto se situa dentro do contexto literário do livro de que faz parte?) b) histórico (a história e suas dimensões econômica, social, política, ideológica, afetiva, antropológica e outras) c) teológico (o que Deus tinha a dizer ao povo naquela situação histórica; o que Ele significava para aquele povo; como se revelava; como o povo assumia e celebrava a Palavra do Senhor.

2º MEDITAÇÃO
Ruminar, dialogar, atualizar (o que o texto nos (me) diz?)

- o que é que Deus, através desse texto, tem a dizer hoje, aqui na América Latina, no Brasil;
- é um esforço que se faz para atualizar o texto e trazê-lo para dentro do horizonte da nossa vida e realidade, tanto pessoal como social;
- é uma diligente atividade da mente que, com a ajuda da própria razão, procura o conhecimento da verdade oculta;
- é atingir o fruto do Espírito;
- é semente de oração…a sua prática nos leva à oração.

3º ORAÇÃO
Suplicar, louvar, recriar (o que o texto me faz dizer ao Senhor?)

- como atitude está presente desde o início da leitura orante…no início invoca-se o Espírito Santo;
- mas tem o seu lugar próprio durante a Lectio Divina;
- admiração, “espanto “pelas maravilhas do Senhor;
- a comunitária supõe a pessoal;
- louvor, ação de graças, súplica, perdão, revolta…
- para evitar os conhecidos desvios é preciso que quem reza aprenda a lutar e quem luta aprenda a rezar;

4º CONTEMPLAÇÃO
Enxergar, saborear, agir (o que vejo melhor e vou fazer?)

- é o que sobra nos olhos e no coração, depois que a oração termina;
- cada vez que chego neste degrau, sinto-me reforçado para um novo começo;
- reúne em si todo o percurso da Lectio Divina;
- nela, ao que tudo indica, a experiência de Deus suspende tudo, relativiza tudo e, como que por um instante, antecipa algo da alegria que “Deus preparou para aqueles que o amam” (1Cor 2,9).




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