Depois de publicar a postagem
anterior, fiquei refletindo sobre o quanto nós católicos somos, ainda hoje, muitas
vezes acusados de adorar imagens e santos e de sermos idólatras. Algumas vezes
somos julgados por pessoas que não tem o devido conhecimento sobre a diferença
entre adorar e venerar, mas é bem verdade que alguns católicos também dão
margem para essas críticas, desconhecendo a própria doutrina da nossa igreja.
Na verdade, precisamos aprender
mais sobre a fé que professamos. Nós católicos não adoramos imagens nem santos,
nós veneramos. Mas você sabe qual a diferença entre ADORAR e VENERAR? Encontrei esse artigo sobre o assunto no site
Canção Nova e achei importante partilhar, pois ainda hoje, encontramos
católicos em situações embaraçosas quando são acusados de adorar imagens.
ADORAR significa prestar culto a ...
VENERAR é o mesmo que reverenciar, fazer memória, ter grande
respeito...
A adoração ocorre quando existe
um culto no qual é envolvido um sacrifício. Se você pegar o Antigo Testamento,
vai encontrar várias passagens bíblicas que mostram que quando os judeus iam
adorar, ofereciam algum animal em sacrifício a Deus. Esse tipo de sacrifício é
conhecido como”sacrifício cruento”, ou seja, com derramamento de sangue. Ao
morrer por nós, na Cruz, Jesus se ofereceu em sacrifício por nós. Ofereceu sua
Carne e o seu Sangue. Por isso, o chamamos de Cordeiro de Deus. Na celebração
da santa Missa, nós renovamos (tornamos novo) esse sacrifício. Porém, no
momento da Celebração Eucarística há o sacrifício incruento, ou seja, sem
derramamento de sangue.
Quando adoramos o Santíssimo
Sacramento, adoramos o próprio Corpo de Cristo, e o fazemos somente em virtude
do santo sacrifício da santa Missa, por meio do qual o pão se transforma no
Corpo de Cristo e o Vinho se transforma no Sangue de Nosso Senhor. É por isso
que, muitas vezes, ouvimos a Igreja nos dizer que o maior culto de adoração é a
santa Missa. Não existe adoração sem sacrifício.
Já a veneração é semelhante
àquilo que os filhos têm para com os pais, quando pedem algo a estes,
elogiando-os, agradecendo-os… Fazem isso porque admiram, respeitam e amam os
pais.
Percebe a diferença?
Então quando alguém, que não
conhece o real sentido da adoração, vê um católico venerando um santo, acaba o
acusando de fazer algo a uma criatura que, segundo ele, só caberia ao Criador.
Isso acontece porque eles não vivem a real dimensão da adoração.
Mas e as imagens?
No século I, não existia máquina
fotográfica. Mas as pessoas gostavam de se recordar dos entes queridos. Assim
como, hoje, fotografamos alguém e guardamos aquela foto. Naquela época, se
reproduziam imagens, desenhos, estátuas… Era uma prática comum. De forma que
esses objetos acabaram se tornando um meio de relembrar, de fazer memória a
pessoas amadas e queridas. Nós, católicos, em particular, o fazemos para
prestar memória àqueles homens e mulheres que viveram a radicalidade da fé: os
santos. Uma fé cheia de virtudes e, muitas vezes, de martírio. Fé esta que
gerou neles a santidade.
Se não podemos ter essas imagens,
tampouco podemos ter fotografias de pessoas que já se foram. Duvido muito que
aqueles que nos acusam de idolatria joguem fora as fotos e lembranças de
pessoas queridas. Assim como duvido que eles esqueçam das virtudes dos seus…
Nós, católicos, em especial,
temos e devemos ter, sem medo, imagens dos santos e das santas de Deus em
nossas casas. É importante reverenciá-los, lembrando das virtudes e do amor
deles por Jesus Cristo, e pedindo-lhes a intercessão junto a Deus. Afinal, eles
estão no céu. Fazem parte do corpo místico da Igreja. E se você não crê na
intercessão, meu amigo, não peça que ninguém reze por você.
Adorar: somente a Deus. Prestar culto: somente a Deus.
Mas venerar? Venere, sem medo, a todos os santos e santas de Deus.
E se alguém, um dia, vier
acusá-lo de idolatria ou coisa semelhante, não esquente a cabeça. Fique em paz.
E lembre-se de que apenas os que participam do santo sacrifício da santa Missa
é que fazem a verdadeira adoração.
Inspiração |
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