30 de agosto de 2011

Formação Dia do Catequista

Olá! A paz de Jesus esteja com todos vocês!
Gostaria de partilhar um pouco dos acontecimentos realizados em comemoração ao dia do Catequista na minha Paróquia.
Para celebrar este dia, realizamos um Tríduo que teve início com a Adoração ao Santíssimo Sacramento. Foi um momento único de intimidade com Deus, onde partilhamos nossas dores e renovamos nossas energias para continuar firmes na caminhada. No dia seguinte tivemos uma formação com a Irmã Piedade. O texto utilizado neste momento foi fruto de minhas “andanças” pela internet e da parceria com a nossa coordenadora que complementou o texto com informações igualmente necessárias ao nosso crescimento. No domingo encerramos nosso tríduo com uma linda missa em homenagem aos leigos e, em especial, a nós catequistas. Após a missa tivemos um momento de confraternização com nossos irmãos catequistas das comunidades que fazem parte da nossa paróquia.

Muito obrigada a todos pelos momentos de alegria! Que o Senhor Jesus possa nos conservar unidos em seu amor, levando a todos a sua mensagem de “Boa Nova”!

Deixo aqui o texto que utilizamos na nossa formação. Não consegui descobrir o autor, nem mesmo lembro onde eu encontrei, mas quero registrar meu agradecimento pela valiosa contribuição ao nosso crescimento como catequistas.

Sem motivação, o catequista é nada!

A catequese não é algo que podemos mensurar de forma matemática. Não dá para dizer "este ano ela não deu resultados por causa disso, disso e daquilo". Não dá para medir o que é êxito ou fracasso quando o assunto analisado é a catequese.  Ela não tem medida concreta para uma análise deste tipo.
A matemática do êxito do trabalho de um catequista está na medida exata da sua motivação. O coração do catequista é o melhor parâmetro de análise e resultados. A fórmula é simples: catequista desmotivado, catequese com problemas. Catequista motivado, catequese com resultados positivos.

Nem todos os catequistas são "preparadíssimos" ou "afinados" para esta missão com conteúdos, técnicas e dinâmicas das mais diversas. Nem sempre possuem respostas para as inúmeras indagações que são apresentadas durante o período de catequese. Mas motivação é algo que jamais pode faltar. A catequese não pode abrir mão de catequistas motivados e motivação não é algo que se aprende em algum curso de formação, retiros ou em algum curso de especialização em teologia. Motivação está na essência e no encantamento por Jesus, algo que todo catequista precisa ter quando aceita o desafio da catequese.

Não tem como falhar uma missão que tem nela um catequista motivado.

Não tem como não dar certo algo que um catequista faz com alegria.

Não tem como não ter efeito uma tarefa em que o catequista acredita, se empenha, luta e demonstra o encantamento pelo projeto de Jesus.

Motivação é fundamental na catequese. Sem ela, nada flui, as coisas não andam como deveriam andar e os problemas se tornam fardos, barreiras intransponíveis.

O documento de Aparecida pede entre tantas coisas, espírito e impulso missionário e diz: "Não podemos ser acomodados, omissos, negligentes. É hora de converter-nos do comodismo, apatia, sacramentalização e burocracia. A igreja precisa de uma comoção missionária, uma mexida forte".  E como fazer uma mexida forte, deixando o comodismo de lado, se o que existe é desânimo?
Não espere pelo padre. Não espere que o seu coordenador lhe dê a fórmula ou quem algum "teólogo" especialista nisso ou naquilo lhe entregue de "mão beijada" a indicação do caminho exato que deve ser seguido. Não existem fórmulas mágicas para uma catequese ter êxito. O resultado do que plantamos nas nossas ações como catequistas está diretamente ligado a nossa motivação. Se acreditarmos que o projeto de Cristo é o melhor, não tem alternativa a não ser dividir esta descoberta. Se não dividirmos, que sentido isso têm? Uma fé egoísta, individual, guardada a sete chaves, não tem efeito. E se dividimos e nos propomos a fazer com que mais pessoas sintam os efeitos desta descoberta, é preciso fazer isso com motivação!

Não se mede o sucesso da catequese pela quantidade de vezes que os catequizandos freqüentam a missa ou pelo que eles sabem ou não dos conteúdos passados ao longo de muitos anos. Isso não significa, necessariamente, êxito nem fracasso.
Terrível, neste contexto, não é ver pais desinteressados ou jovens e crianças querendo ir embora antes do tempo dos encontros de catequese. Horrível e lamentável é enxergar um catequista sem motivação, que só reclama, lamenta, vive aborrecido, triste, sente-se incapaz e não consegue visualizar na sua missão uma luz para os outros.

Sem motivação, o catequista é nada e a catequese é nula.


Tem muita gente que sonha alto na catequese. Que bom! Pessoas que não querem ficar no marasmo de sempre e não se contentam com a mesmice. Vejo e falo com muitos catequistas entusiasmados com a missão que lhes foi confiada. Porém, existem aqueles que desistem facilmente. Acham-se sem condições, sem tempo, limitados, despreparados. Ficam com medo de saber até onde podem chegar como catequistas. O medo nos paralisa e atrofia, nos impede de sonhar mais alto, de mudar o mundo, atingir as pessoas com o projeto de Deus.

O medo é um câncer para a catequese. É ele que nos impede de prosseguir, de alcançar vôos mais altos, de lutar por encontros melhores, de entusiasmar jovens, crianças, adultos, pais, padrinhos e até mesmo outros catequistas que conosco caminham. O medo, quando ataca, vem com tudo, paralisa sonhos, fragiliza ações, desvia caminhos. Precisamos enfrentá-lo com toda a fé e força. A oração é um antídoto precioso contra este sentimento terrível que é medo.

Muitas comunidades estão iniciando agora o ano catequético.  Por este Brasil afora, estão acontecendo encontros, reuniões de formação, palestras, planejamento para o ano inteiro, aprendizado de técnicas, dinâmicas e até mesmo, a busca de conteúdos para os encontros semanais.  Sempre surgem idéias diferentes nestas reuniões. Alguém sempre diz “Porque a gente não faz diferente desta vez”. O entusiasmo está presente, eu noto isso. Conversando com catequistas de todo o país, sinto que estão dispostos a mudar, a crescer, tornar a catequese algo que realmente toque e indique o projeto de Deus. Mas, o “maldito” medo, busca outros sentimentos para reinar nas idéias de muitos catequistas e coordenadores. O medo nos apresenta frases que vão de encontro aos nossos ideais e vontades. E aos poucos, muitas lideranças vão se tornando dominadas pela sensação de insegurança, impotência e desânimo. Com isso, a frase que surge, com mais ênfase é “Não podemos fazer. Deixemos tudo como está”. É uma pena que seja assim. Resolvi separar algumas outras frases, que no meu entendimento, atrapalham um bom planejamento da catequese impedindo que diversos grupos de catequistas pelo menos tentem fazer coisas diferentes, saindo da mesmice e do marasmo. São elas:

• Que ridículo!
• Não temos tempo.
• Em time que está ganhando não se mexe.
• Está bom assim. Por que mudar se está funcionando bem?
• Ninguém vai participar. É melhor nem fazer.
• Nunca fizemos isso antes. Não vai funcionar.
• Não estamos preparados para isso.
• Isso é problema deles, não nosso.
• Vamos pôr os pés no chão.
• O Padre não concordaria com isso.
• Não é prático.
• Custa muito caro. Não está no orçamento.
• Já tentamos assim.
• Alguém já tentou antes?
• Será que o conselho pastoral aprovaria?
• Não é nossa responsabilidade.
• Os pais não querem nada com nada. Não adianta convidá-los.

O medo não pode ser o maior sentimento entre nós, lideranças pastorais, catequistas e coordenadores. Quem sabe você arrisca a enfrentá-lo? Quem sabe você tenta fazer coisas diferentes? Quem sabe você partilha com os demais os seus sonhos, projetos e desejos para a catequese? Se eu disser “Eu posso, eu quero, eu vou conseguir” e acreditar nisso, o universo conspira a seu favor.  Mas, por favor, não desista antes de pelo menos tentar. “Eu posso, eu quero, eu vou conseguir.” E você conseguirá.


3 comentários:

  1. Késia que texto maravilhoso para uma reflexão.
    Já guardei...também estamos preparando um curso de formação aqui em nossa paróquia.
    Obrigada por compartilhar.

    Paz de Cristo!

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  2. Olá!
    "Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota".
    Madre Teresa de Calcutá"

    Grande abraço na Paz e no Amor de Cristo,

    Reinaldo

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  3. O texto é de Alberto Meneguzzi, do livro "Missão de Anunciar", Paulinas, 2010.

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