Peça: O sonho das três árvores

Olá queridos! No ano passado, uma amiga me pediu uma sugestão de apresentação para a Páscoa, na escola onde ela trabalha. Trata-se de uma pessoa que amo muito e, sempre que posso, atendo seus pedidos. Encontrei então, esta fábula que já deve ser conhecida de muitos, mas fiz algumas adaptações para enfatizar momentos importantes da história da nossa salvação. Vejam como ficou:

Narrador – No cume duma montanha erguiam-se três árvores pequenas que sonhavam o que queriam ser quanto fossem grandes.

A primeira olhou para as estrelas que cintilavam como diamantes sobre ela e disse:

­Árvore 1 – “Quero conter tesouros”. “Quero ser coberta de ouro e ser cheia de pedras preciosas. Quero ser o baú de tesouros mais belo do mundo!”

Narrador – A segunda olhou para o pequeno riacho que corria em serpentina até ao oceano e falou:

­Árvore 2 – “Quero ser uma forte mesa”. Quero servir grandes banquetes para os reis mais importantes!”

Narrador – A terceira olhou para o vale que se estendia pelo sopé da montanha onde homens e mulheres se ocupavam a trabalhar numa pequena cidade cheia de movimento e disse:

Árvore 3 – “Não quero de forma alguma abandonar esta montanha”. “Quero crescer e ficar tão alta que quando as pessoas pararem a fim de olharem para mim, ergam os olhos para o céu e pensem em Deus. Serei a árvore mais alta e mais importante do mundo!”

Narrador – Os anos passaram-se. As chuvas vieram, o sol brilhou, e as pequenas árvores cresceram e tornaram-se grandes.

Um dia três lenhadores subiram a montanha.

O primeiro olhou para a primeira árvore e disse:

Lenhador 1 – “Esta árvore é linda. Para mim é ótima.”

Narrador – E com o machado derrubou-a.

“Agora me transformarei num belo baú”, pensou a primeira árvore. “Conterei tesouros maravilhosos”.

O segundo lenhador olhou para a segunda árvore e disse:

Lenhador 2 – “Esta árvore é forte. Para mim é ótima.”

Narrador – E com o machado derrubou-a.

“Agora serei uma bela mesa para servir grandes banquetes, pensou a segunda árvore. “Serei poderosa e servirei aos grandes reis!”.

A terceira árvore sentiu o coração bater com força quando viu o último lenhador olhar para ela. Ela era direita e alta e apontava firme para o céu.

Mas o lenhador nem olhou para cima, apenas murmurou:

Lenhador 3 – “Para mim qualquer árvore servirá”.

Narrador – E com o machado derrubou-a.

A primeira árvore regozijou-se quando o lenhador a levou para a carpintaria, no entanto o ocupado carpinteiro não pensava em baús de tesouros. Em vez disso as suas mãos calejadas transformaram aquela árvore numa manjedoura.

Aquela árvore outrora linda não fora coberta de ouro nem cheia de tesouros. Foi revestida de serradura e cheia de feno para alimento dos animais do campo.

A segunda árvore sorriu quando o lenhador a levou para um estaleiro, mas naquele dia nenhuma grande mesa foi construída. Em vez disso a outrora árvore forte foi serrada e martelada até ser transformada numa simples mesinha.

Demasiada pequena e singela para servir grandes banquetes, foi levada para a casa de um homem simples que de rei não tinha nada. Todos os dias servia apenas humildes refeições.

A terceira árvore ficou confundida quando o lenhador a cortou em fortes barrotes e os amontoou numa serração.

“O que é que aconteceu?” interrogava-se perplexa a outrora árvore alta. “Tudo o que eu sempre quis era ficar no topo da montanha e apontar para Deus”.

Muitos, muitos dias e noites se passaram. As três árvores quase tinham esquecido dos seus sonhos.

Mas uma noite uma estrela dourada refulgente incidiu sobre a primeira árvore quando uma jovem mãe colocou o seu recém-nascido bebê na manjedoura.

“Desejava poder fazer-lhe um berço”, sussurrou o pai.

A mãe apertou a mão e sorriu quando viu a luz da estrela incidir na macia e robusta madeira. “Esta manjedoura é bonita”, disse ela.

E de repente a primeira árvore soube que continha o maior tesouro do mundo.

Uma noite um peregrino e seus amigos fizeram sua última ceia para celebrar a Páscoa. O grande banquete servido foi Pão e Vinho. Nesta ceia, estes amigos celebraram o amor e a amizade e prometeram sempre realizar este encontro em memória do seu grande amigo que morreria no dia seguinte.

De repente a segunda árvore soube que estava servindo o banquete para o Rei mais importante que já existiu, pois ele era Rei do céu e da terra.

Numa Sexta-feira de manhã, a terceira árvore assustou-se quando os seus barrotes foram puxados do monte esquecido de madeira empilhada. Ela encolheu-se ao ser carregada por uma multidão irada e escarnecedora. Ela estremeceu quando soldados pregaram nela as mãos de um homem.

Ela sentiu nela toda a maldade, a inclemência e a crueldade daquele povo.

Mas no Domingo de manhã, quando o sol se erguia e a terra tremia de alegria debaixo dela, a terceira árvore soube que o amor de Deus tinha mudado tudo.

Tinha feito com que a primeira árvore fosse bela e abrigasse o maior tesouro dentro dela.

Fez com que a segunda árvore fosse forte e servisse o banquete ao Rei mais importante que já existiu.

E, melhor do que ser a árvore mais alta do mundo, foi se tornar a mais importante. A terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem para salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus ao olharem para ela.

“Estas três singelas árvores acabaram realizando seus sonhos não da forma que gostariam, mas da forma que Deus escolheu. Elas entenderam que mais importante que sonhar é aceitar que Deus realiza nossos sonhos melhor que nós mesmos esperamos, pois Ele nos ama tanto que mandou seu próprio Filho para dar a vida por nós!”

Encerrar a apresentação com o cântico:

Porque Ele vive

Deus enviou sim Filho amado,
para morrer no meu lugar
Na cruz pagou por meus pecados,
mas o sepulcro vazio está
Porque Ele vive.

Porque ele vive,
eu posso crer no amanhã
Porque ele vive,
temor não há
Mas eu bem sei,
que o meu futuro
Está nas mãos do meu Jesus
Que vivo está

Um dia, eu vou cruzar os rios
e verei então, um céu de luz
E verei que lá, em plena glória,
vitorioso, vive e reina
O Meu Jesus