9 de março de 2012

Peça: O Bom Samaritano no Posto de Saúde

Queridos irmãos, próximo sábado faremos nosso primeiro encontro com as crianças da Catequese. Já não vejo a hora de estar com elas novamente. (rsrs)
Como de costume, no primeiro encontro, reunimos todas as crianças para a abertura oficial da Catequese. Fazemos sempre uma acolhida bem animada e alguma apresentação que deixe uma mensagem sobre algo importante que a Igreja está celebrando no momento, no caso, a Campanha da Fraternidade. Nossa turma preparou uma pequena peça que será apresentada pelos próprios catequistas, onde tentamos retratar a realidade dos doentes em um posto de saúde e como seria a atitude do Bom Samaritano nos dias de hoje. Apesar de ter colocado as falas, podemos criar e improvisar, pois acredito que esta realidade é bem conhecida de todos. Vejam como ficou:


Personagens: Narrador, 1 morador de rua, 1 médico, 1 atendente, 1 idoso e várias pessoas doentes na fila do posto de saúde.

Roteiro

Narrador – A vida de um morador de rua não é nada fácil, principalmente quando ele fica doente. Conheça agora a história de "Fulano", um jovem rapaz que não tinha onde morar e dependia da caridade dos outros para sobreviver.
(Neste momento, o morador de rua entra todo sujo e com roupas rasgadas, e caminha entre as pessoas, pedindo ajuda)

Narrador – Um dia, fulano (o morador de rua) ficou muito doente e, como vivia sozinho, resolveu dormir na porta do posto de saúde pra tentar marcar uma consulta. (O morador de rua se aproxima do posto de saúde e se deita sobre um papelão)

Narrador – Aos poucos, outras pessoas foram chegando para marcar consulta também. (Os catequistas vão se aproximando aos poucos)

Pessoa na fila 1 – Isso é um absurdo! A gente precisa dormir nesse lugar pra conseguir marcar uma consulta! Você vai marcar consulta pra quem? (Conversa com outra pessoa que está na fila também)

Pessoa na fila 2 – Eu? Pra ninguém! Como eu não tinha nada pra fazer em casa, vim dormir aqui pra ganhar um trocadinho. Quem quiser um bom lugar na fila, eu vendo o meu.

(Enquanto eles conversam, outras pessoas vão chegando e ficando na fila)

Pessoa na fila 3 Por favor, você pode guardar meu lugar? Eu vou bem ali e já volto. (Essa pessoa sai e só aparece pela manhã)

(Enquanto isso, as pessoas que estão na fila continuam conversando espontaneamente)

Pessoa na fila 1 É um absurdo deixarem esse rapaz dormindo aqui. Já não tem nenhum vigia, às vezes é um ladrão e ninguém sabe...

Pessoa na fila 2 – Ele que não “se meta a besta” de mexer comigo, porque eu chamo é o ronda pra ele.

Pessoa na fila 4 – O ronda? Coitado! Quando o ronda chegar, ele já tá rondando longe com seu dinheiro.

Pessoa na fila 5 – Dinheiro? E quem já viu pobre na fila do posto ter algum dinheiro?

(Quando amanhece, chega uma senhora e fica no final da fila. Enquanto isso, a pessoa que quer vender o seu lugar, passa oferecendo a sua vaga por R$ 10,00)

Narrador – Amanhece o dia e todos continuam a espera de uma consulta, sem saber se vai ter médico para atendê-los.

(Um dos médicos chega para o seu plantão e tropeça no rapaz deitado bem na porta do posto)

Médico – Ah meu Deus, não é possível uma coisa dessa! Essa hora da manhã já tem esse povo todo aqui. Ei rapaz, sai da frente que eu quero passar. Eu já não agüento mais, dois meses com o salário atrasado e tenho que atender essa gentinha. É por isso que eu só gosto de atender no meu consultório...

(Depois do médico, chega a pessoa que pediu pro outro guardar seu lugar e, em seguida, chega a atendente)

Atendente – Eu vou logo avisando que hoje só tem 3 fichas pro Clínico Geral.

(Nesse momento, uma pessoa se oferece pra comprar o lugar da pessoa que estava vendendo)

Pessoa na fila 5 – Senhor eu compro seu lugar. Tá aqui os R$ 10,00. Dez não meu filho, agora é R$ 20,00. Era R$ 10,00 na promoção, agora é R$ 20,00 na precisão.

(Enquanto isso, os outros começam a discutir na fila. A pessoa que estava guardando o lugar não quer deixar mais ninguém entrar na sua frente, etc. A atendente começa então a organizar a fila)

Atendente – Quem é o primeiro?

(O morador de rua então se levanta e diz:)

Morador de rua – Sou eu senhora!

Atendente – Cadê sua identidade?

Morador de rua – Tenho não senhora.

Atendente – Então você não pode se consultar. Vá tirar sua identidade e depois volte. Quem é o próximo? Esse povo pensa que aqui é a casa da mãe Joana, que qualquer um chega e é atendido. E vamos colocar ordem nessa fila aí, que eu tô vendo uma velha lá atrás e ela tem que ser a primeira da fila.

(Enquanto a idosa se aproxima, os outros começam a reclamar)

­– Essa velha chegou agora de manhã e vai marcar primeiro por quê? Ela não é mais bonita que a gente!

Atendente – Oh povo complicado! Vocês não sabem que “os velhos” tem prioridade?

(Quando a idosa chega ao início da fila e vê O morador de rua muito doente, ela diz:)

Idosa – Mais esse rapaz precisa mais de ajuda do que eu! Eu quero dar meu lugar pra ele.

Atendente – Acontece que ele não tem documento e eu não posso fazer a ficha dele. E a senhora já demorou demais, perdeu o seu lugar na fila. Próximo!

(A senhora, inconformada com a situação, se aproxima do rapaz)

Idosa – Venha meu filho, eu vou levar você pra minha casa e vou cuidar de você.

Enquanto a idosa sai com o rapaz, cantamos o hino da Campanha da Fraternidade.


Reflexão
A cena que acabamos de ver é comum onde você mora? Alguém já passou por isso? Apenas os médicos tem o dever de cuidar dos doentes? Como devemos agir diante de alguém que precisa de ajuda? Devemos agir como estas pessoas na fila, como o médico, a atendente ou como esta senhora? O que nós podemos fazer para cuidar melhor da nossa saúde e da saúde dos outros?

Após a reflexão, fazemos a entrada do cartaz da Campanha da Fraternidade e explicamos o cartaz.


10 comentários:

  1. Kesia, estou impressionada com essa abordagem da Campanha da Fraternidade, através da adaptação da parábola do bom samaritano... Parabéns!
    Poss postar esta peça no meu blog para os catequistas da minha paróquia? Vou dar os devidos créditos, pode deixar!

    Beijinhos,
    Layse

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  2. Que lindo... Fizemos um parecido com este. Mas este usarei no Momento de Ações de Graças, com as minhas crianças. Lindooo.... Lindooooo... Obrigado por partilhar! Paz e Bem!

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    1. Fico feliz em saber que gostaram. E o que é mais legal, é que podemos fazer as adaptações de acordo com a realidade do lugar onde vivemos. Beijos!

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  3. Muito bom, parabéns pela criatividade...
    Tenha um abençoado fim de semana!

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  4. adorei esse formato para abordar a campanha da fraternidade. Ano passado eu contei a parabola do bom samaritano com uns fantoches malucos que eu criei rsrsrsrs não sei se você chegou ver, depois dê uma olhada pra vc ver como ficou minha doideira kkkkkkkkkkkkkkkkk

    http://blogjonathancruz.blogspot.com/2011/11/contei-com-fantoche.html

    Bela postagem a sua.

    paz e luzzzzzzzzzzzzzzzzz

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    1. Jonathan você é mesmo um artista. Os fantoches ficaram bem legais. Santa doideira essa (rsrs). Paz de luzzzzzzz pra você também!

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    2. Que bom que gostou Kesia, se você fazer eles, promete que depois posta fotos? rsrsrs

      Belo fim de semana pra você. Nesse domingo nós teremos retiro, rezarei por você tá? abraço!!!

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  5. Oi Késia..lindona,vim te agradece por você ter me passado o selinho..amei viu!!!E que postagem essa sua heim menina!!!Vou salvar aqui pra mostrar para as catequistas da minha comunidade,e passar á meus catequizandos também é claro!!Bjs no ♥ Paty

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  6. Lindo e triste demais, Késia! Infelizmente essa é a situação do nosso sistema de saúde. Que bom seria se muitos bons samaritanos, como essa senhora idosa, começassem a agir, dando exemplo de solidariedade cristã.
    Que Deus nos incentive a sermos também bons samaritanos na vida de nossos irmãos necessitados!
    Abraços carinhosos

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